segunda-feira, 30 de julho de 2007

IDÉIA DE 'MULA' SALVA AEROPORTO DE CONGONHAS


O presidente Luis Idalécio 'Mula' dos Santos, vulgo 'Mula-Lá' acaba de ter uma idéia bestial de genial que vai salvar o Aeroporto de Congonhas, permitindo-lhe até aumentar o número de vôos em 100 por cento, sem mexer na estrutura do aeródromo. A idéia é tão simples quanto o próprio 'Mula', que disse empolgado no lançamento do seu projeto que "Se o mamão não vai à mãe de Tânia, a mãe de Tânia fica com fome!". Para ele, ao invés de construirem aviões grandes como o Air Bus A-320, mais lógico será fazer 10 aeronaves ao invés de uma, com o Air Bus 0,320.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

21 - UMA HOMENAGEM AOS QUE ESTÃO POR VIR

J O B O S V E – 21 – 07/2007


“Suplemento digital do informativo mensal “Avós das Ruas”, criado com o fim de, não apenas divulgar, mas suscitar discussões e reflexões quanto aos temas relacionados à atividade policial civil no Estado de Sergipe”.

PENSAMENTO DA SEMANA

“Primeiro levaram os negros, mas não me importei com isso, eu não era negro. Em seguida levaram alguns operários, mas não me importei com isso, eu também não era operário. Depois prenderam os miseráveis, mas não me importei com isso, porque eu não sou miserável. Depois agarraram uns desempregados, mas como tenho meu emprego, também não me importei. Agora estão me levando (ou à minha Periculosidade), mas já é tarde! Como eu não me importei com ninguém, ninguém se importa comigo!”
(Bertold Brecht)


UMA HOMENAGEM AOS QUE ESTÃO POR VIR


Primeiramente, em consideração à notícia de que alguns neo-amigos FDP’s (Felizes Delegados de Polícia) estariam melindrados com o termo JOBOSVE, sigla de Jogando Bosta no Ventilador, Euzinho da Silva, condoído da situação, não obstante o presente material destinar-se aos Indigentes e Escravões de Polícia (que curiosamente não reclamaram das expressões, em tese, pejorativas), informo que à partir do número 22, este material passará a chamar-se Jovens Batalhando Organizadamente por Seus Vencimentos Específicos, cuja sigla será... JOBOSVE!!!

O que Agente não faz para garantir a felicidade do seu Delegato? Miauuu!!! Quanto à sigla FDP (Feliz Delegado de Polícia), é lógico que, assim que a Gratificação por Periculosidade for judicialmente questionada, terá que ser revista, afinal qual deles ainda estará feliz? Daí já ter sido montada uma Comissão de Juízo para definir a sigla mais apropriada. “Esse Lentíssimo Dotô” como querem alguns? Não!!! RAP (Revoltadas Autoridades Policiais)? Muito menos!!! Até o presente momento, tal resta indefinido e inclusive aceito desesperadamente algumas propostas.

Mas vamos aos pontos. Não é segredo para ninguém que o governo NÃO TEM NENHUMA DEFINIÇÃO DE POLÍTICA SALARIAL PARA A POLÍCIA CIVIL. E não estou dizendo isto só agora, na primeira semana de março, no JOBOSVE 10, foi posto de forma clara que o Secretário e o Superintendente estavam nos enrolando com a lenga-lenga de projeto unificado. Viu no que deu? Agora tá cheio de gente querendo inaugurar o movimento PCS (Peça pra Cagar e Saia) contra o secretário de segurança. INJUSTIÇA!!! Só por que ele só tem feito entrega de viatura e falado em reforma de delegacia? Só por que o Planejamento Estratégico (ou PlaneJUMENTO EsTRAGÉDICO como querem alguns) não contempla a valorização salarial dos Indigentes e Escravões? Já dizia o psicólogo da Secretaria de Estado da Segurança Pública/SE, Dr. Aloísio: — Quem observa comportamento, prevê comportamento!!! Deu no que deu, ou melhor, no que ainda está dando!!!
Se você ainda duvida da má vontade do governador, responda: — O que são as mesas de negociação (que seriam instaladas em 15 de junho – “etcha pega” ele mintiu di novo?) senão a formalização da total falta de uma política salarial para a polícia civil? Mas ele prometeu em campanha!? Sim, e o ex-secretário de segurança disse que com a contratação dos novos delegados o seu sucessor encontraria uma polícia “MODERNA E MOTIVADA”.

Mas pessoas estão morrendo, sendo roubadas, o comércio está tendo prejuízo, a saúde está jogando dinheiro pelo ralo para tratar das vítimas da violência,escolas estão fechando... Por que se permite isso tudo? A resposta talvez esteja nas palavras da Procuradora de Justiça em São Paulo, Luiza Nagib Eluf, que assim se manifestou em uma entrevista para a revista Consultor Jurídico: “A elite no Brasil quer a Polícia corrupta porque não quer cumprir as leis”. E não é que ela descobriu a pólvora? E ela foi além, disse que a reestruturação da Polícia - e das demais instituições - passa necessariamente pelo investimento em material humano sendo que para ela, “isso pressupõe um salário melhor. Eu realmente acredito que quem ganha um pouco mais é menos suscetível à corrupção. Isso vale para o agente penitenciário, para o diretor do presídio, para os policiais que estão na rua se arriscando".

Do jeito que vai, será preciso que reunamos umas 200 pessoas para em coro rezar na frente da Secretaria de Estado da Segurança Pública/SE, com ampla cobertura da imprensa, a ORAÇÃO DO POLICIAL para ver se alguns dos nossos gestores abrem o seu coração para o nosso problema. Nomes vão ser queimados como incompetentes pelo simples fato de quererem fazer segurança à base de retórica. Se a população soubesse que a política de valorização dos policiais do Sr.Marcelo Deda seria essa, ele não teria ficado nem entre os três primeiros... acabaria em baixo, tocando o Toeta. Que eu pague a língua no futuro, mas minha crença no Dedinha e Kercio Pintinho esgotaram-se. E não é apenas por que não fizeram nada além de falar (besteiras inclusive), mas porque o pouco que anunciaram é o que eles mesmos, até dezembro de 2006, diziam que não trazia resultado.
Mas voltemos à citada entrevista da procuradora:
ConJur - Investir em segurança pública significa investir em quê?
Luiza Nagib Eluf - Em material humano. E isso pressupõe um salário melhor. Eu realmente acredito que quem ganha um pouco melhor é menos suscetível à corrupção. Isso vale para o agente penitenciário, para o diretor do presídio, para os policiais que estão na rua. O Estado deteriorou a Polícia. Às vezes, penso que foi para ter uma Polícia corrupta. O Hélio Luz, [ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro e delegado de Polícia] afirmou isso convictamente. Ele diz que a Polícia foi apodrecida pelo poder público, que queria ter um Polícia podre mesmo.
ConJur - A sociedade está preparada para uma Polícia que não é corrupta?
Luiza Nagib Eluf - Não. Aliás, eu não diria a sociedade, eu diria a elite. A elite no Brasil quer a Polícia corrupta, porque ela não quer cumprir as leis. E hoje tenta fazer o mesmo com o Ministério Público, porque o órgão teve de assumir algumas funções que eram da Polícia, como a investigação, por exemplo. Já tivemos de começar a investigar por nossa conta, porque a Polícia estava sendo falha. Com isso, atraímos a ira de todos aqueles que querem delinqüir livremente.

E aí eu coloco, se investir em Agentes e Escrivães ajuda a combater a corrupção e com isso aumenta a arrecadação do Estado; diminui a criminalidade, reduzindo os gastos em saúde, aumentando o rendimento escolar; aumentando a segurança, garantindo o bem-estar dos turistas que nestas terras abordam, dentre tantas outras vantagens... confronte essas vantagens com as declarações da procuradora... Dá para não ver com DESCONFIANÇA a perpetuação da omissão descarada para com os nossos problemas?

Espero que a aproximação de alguns Delegados (digo alguns porque muitos ainda permanecem incapazes sequer da dar um bom-dia aos policiais, sobretudo aos plantonistas) não seja apenas para nos manipular para uma luta por um subsídio que, neste momento, só serviria para garantir a segurança do salário deles ao passo que nos cristalizaria na MERDA! Mas quanto aos mal-educados, não os culpo. Pelo contrário, culpo o Estado pois assim como os Agentes e Escrivães são tidos como desqualificados, qual a qualificação de um bacharel em Direito para gerir recursos humanos? É preciso qualificar aos Delegados não apenas em leis, mas em gestão de recursos humanos. Resta imperioso abrir este debate para a sociedade. A população deve ser convidada a debater polícia já que é a ela que nosso trabalho se destina. Lógico que dentre os delegados encontramos bons gestores, mas isso se dá exclusivamente por vocação pessoal. É fundamental qualificar os Delegados a lidarem não com leis, mas com gente. Só isso atenuaria diversas das tensões internas. Mas como fazê-los descer do pedestal para perceber que o bacharelado em Direito não é uma panacéia que dispensa outras formações?

Nesse ponto é que mais uma vez vamos encontrar as fragilidades da atual diretoria do nosso sindicato. É defeso na Constituição (art. 8o, inciso III) que “ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.” Não cabe à Diretoria Sindical ficar sentada esperando que alguém a provoque para aí ver se faz alguma coisa. Ela tem o DEVER de fiscalizar e representar contra irregularidades. Tem o DEVER de fiscalizar os gastos da Secretaria de Estado da Segurança Pública/SE com aluguéis de delegacia no interior, com suprimento de fundos, diárias, comissões e o escambau. Também tem o DEVER de combater a existência de fantasmas e desvios de função. Tudo isso pra trazer valorização, conseqüentemente respaldo social e salário.

Nossos regimentos legais chegam a ser humorísticos. Da revogação da Lei nº 2.068/73 (antigo Estatuto da Polícia Civil/SE) para o desdobramento das Leis nº 4.122/1999 e 4.133/1999 sofremos perdas significativas. Por exemplo, na 2.068/1973 era previsto:
Art. 59 - Ao funcionário policial ferido ou acidentado em serviço será concedido auxílio acidente correspondente às despesas de assistência médico- hospitalar de que o mesmo necessitar.
§ 1º - O auxílio acidente terá que ser atestado pelo chefe do órgão em que estiver lotado o funcionário, devendo ser homologado por ato do Secretário da Segurança Pública.
§ 2º - As despesas de que trata este artigo deverão ser comprovadas mediante declaração de médico ou estabelecimento hospitalar, devidamente autenticada.
§ 3º - Quando da concessão do auxílio-acidente serão descontadas as importâncias pagas ao médico ou estabelecimento hospitalar pelo órgão de previdência do Estado.

Hoje, o Agente ferido em combate tem que escolher se trata da saúde ou se alimenta a si e à família. E essa não é a única perda que o sindicato aceitou sorrindo.

Por todo o exposto e mais um pouco é que o JOBOSVE aplaude de pé ao Promotor de Justiça (de Justiça mesmo!!!) Fábio Pinheiro que ingressou com uma AÇÃO CIVIL PÚBLICA PARA DETERMINAÇÃO DO CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER com fins de que o Estado de Sergipe respeite a Lei, ou seja, expurgue os Prestadores Voluntários dos cartórios e extinga a figura do Escrivão ad hoc, dentre outros pontos. Se existe uma tendência pela extinção do Escrivão... tendência não revoga Lei. Cumpra-se!!! E olha que a novela está no começo. Só para dar um gostinho, veja como se manifesta o ilustre promotor:
A Comunidade local sofre com a omissão do Estado, incompetente quanto ao planejamento e execução de medidas garantidoras da ordem pública, bem como da incolumidade pessoal e patrimonial dos seus habitantes. Os serviços da Polícia Judiciária passaram a ser efetuados de forma insuficiente, com as investigações apenas realizadas sem as formalidades legais, pois dependem de um Escrivão de Polícia devidamente habilitado. É por mais este motivo que a escalada de delitos, crimes, contravenções, e atos infracionais, continuam ocorrendo num ritmo vertiginoso sem precedentes no Estado de Sergipe. Não são investigados vários delitos, ou quando há, a investigação é precária ou meramente pró-forma; (...)

Vixe, e olha que é só o começo das 33 páginas. Se fosse Euzinho quem dissesse isso iam me jogar para um papa-figo. E se você está pensando: — Mas aqui é Sergipe... isso não vai dar em nada! Vá no site do TJ e consulte o processo nº 200711801160 e baixe o despacho da Excelentíssima Juíza de Direito da 18a Vara Cível de Aracaju/SE, Elvira Maria de Almeida, cujo texto encontra-se aqui parcialmente reproduzido:
Oficie-se ao Secretário de Segurança Pública do Estado de Sergipe para que informe e demonstre documentalmente:
(...)
4) o número de agentes de polícia, policiais militares e primeiro emprego que estão exercendo a função de escrivão de polícia;
(...)
Outrossim, cite-se o Estado de Sergipe, por meio de seu representante legal, para oferecer resposta no prazo de 20 (vinte) dias.
Aracaju, 26 de junho de 2007.

PARABÉNS!!! Que a exemplar luta pelo ingresso, muito em breve se torne em luta por melhorias paras as categorias de base da Polícia Civil. Se houver algo com que Euzinho possa ajudar além da torcida e da baba de admiração... às ordens!!! Esse é o caminho. Perguntou? Pediu? Reclamou? Se não deu certo, JUSTIÇA!!! É um Direito Fundamental (art. 5o, inciso XXXV) que: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de direito”. Pena que não tenha sido o SINPOL/SE a tomar esta iniciativa. Pois DEVERIA, afinal está lá no artigo 3o, inciso I do Estatuto da citada entidade que é, dentre outros, dever do sindicato: “zelar pelo cumprimento da legislação e instrumentos normativos de trabalho que assegurem direitos à categoria”.

PARABÉNS!!! Esta vitória não será apenas legal, mas moral contra um sistema arbitrário que se rege ao bel prazer. Sistema defendido pela atual diretoria do SINPOL/SE que se digna a bradar aos quatro ventos que irá desrespeitar uma deliberação de assembléia. São ações como esta que aos poucos servirão para marcar terreno na luta por valorização.Urge mostrar o que também existe vida pensante entre a ralé. Instaurou-se uma ditadura branca onde se diz que você não pode se revoltar porque está sendo ouvido e se protela ao eterno ouvindo, ouvindo e ouvindo sem resolver nada. É nestas horas que reforço a convicção que a valorização dos Agentes e Escrivães passa pela mudança da diretoria do SINPOL/SE para que o exemplo dos que virão torne-se regra entre os que cá estão.

SÓ VOCÊ NÃO VÊ, FINGE QUE NÃO SABE...
(O texto cujos trechos estão abaixo reproduzidos são de autoria do Cel. José Vicente da Silva e foi publicado no Jornal da Tarde em 11/05/2000 – o que mudou de lá para cá?_
O parque de recursos material com helicópteros, viaturas vistosas, armas importadas, computadores deve ser visto como mero complemento do recurso humano policial. A quase totalidade das ações policiais depende do ser humano interagindo com outras pessoas - vítimas ou partes de conflitos - mediando disputas, apaziguando, consolando, orientando, socorrendo ou agindo sobre infratores da lei, prevendo suas ações, contendo, ordenando, subjugando, enfrentando. O campo de trabalho do policial é especialmente tenso: as pessoas que o policial aborda - mesmo numa corriqueira fiscalização de trânsito - experimentam alteração do estado emocional, o que freqüentemente compromete sua racionalidade e dificulta a intervenção policial. Nenhuma atividade humana lida tanto com o lado mais difícil do ser humano, em suas mais grotescas expressões e seus piores sofrimentos. Ao lado dos riscos, tanto físicos como do comprometimento funcional nas dezenas de complexas decisões instantâneas de seu dia-a-dia, o policial precisa sufocar seus sentimentos pessoais de medo, raiva e nojo para cuidar da paz na sociedade, protegendo vidas e propriedades. O ser humano que existe no policial, de quem se espera qualidades sobre-humanas, está sempre sujeito ao estresse e ao desencantamento com a sociedade, vivendo num mundo de violência e desrespeito a todas as normas que regulam a vida social.
A sociedade entrega ao policial o poder de usar a força - a exclusividade da violência legal - para ajudar a regular as interações sociais. Esse poder legitimado - autoridade - não é privilégio dos altos chefes policiais, mas recai sobre o nível mais baixo da hierarquia que efetivamente executa as ações críticas no contato com as outras pessoas. O exercício desse poder não depende de tecnologias e artefatos que estão nas vitrines dos que fazem da polícia seu mercado de negócios. A habilidade dos policiais para reduzir e controlar a criminalidade, além de atender de forma civilizada os cidadãos, depende largamente de seus chefes. Chefes que respeitem seu difícil trabalho, ofereçam condições adequadas de trabalho e sejam especialmente motivadores, despertando e mantendo nos policiais subordinados a vontade de fazer bem-feito. No topo da hierarquia policial está o governador, o principal chefe, que tem preferido investir mais em coisas do que em gente.
As evidências são abundantes de que está mais do que na hora de investir no policial de rua, o instrumento do qual dependem os tão desejados e necessários resultados na segurança pública.

É LIVRE E RECOMENDÁVEL A REPRODUÇÃO DESSE MATERIAL, MAS POR GENTILEZA, CITE A FONTE.


Euzinho da Silva
Formado pela FAIVI (Faculdades Integradas da Vida)
PQP em Ócio Preguiçoso pelo IML (Instituto dos Mimosos Legais)
Bispo da Igreja Universal da Pimenta do Reino
Filiado do PUTA (Programa pela União dos Trabalhadores Amargurados)
Indigente de Polícia Judiciária


QUALQUER DELEGADO(A), QUE QUISER TER ACESSO BASTA SOLICITAR PELO www.jobosve@yahoo.com.br (HÁ QUEM O FEZ E ISSO NÃO O DIMINUIU EM NADA, PELO CONTRÁRIO)! NÃO PASSE ESSE MATERIAL PARA ELES OU VOCÊ PODERÁ SER REMOVIDO PARA POÇO REDONDO (HÁ QUEM O FOI E ISSO NÃO O DIMINUIU EM NADA, PELO CONTRÁRIO)!!!

P I A D A D A S E M A N A


(Aos que não concordam com piadas sobre nossa classe (Delegados, Escrivães e Agentes), por favor, ignorem este trecho. Aos que lêem este arquivo, acredito que, antes de ser uma depreciação, estas piadas contribuem para que seja fortalecido um sentimento ético, capaz de reverter a imagem distorcida dos policiais, fato gerador de muitas das anedotas sobre o tema)


SE VOCÊ É DELEGADO:
FAVOR LER O TESTÍCULO ENTRE PARÊNTESES ACIMA ANTES DE LER A PIADA E ANTES DE REMOVER MAIS UM AGENTE PARA POÇO REDONDO


Um Delegado abre a porta do seu carro em uma rua movimentada e um carro em alta velocidade bate nele a arranca a porta do carro. Guiada por um estranho elo psíquico, o Chefe de Captura chega ao local e o Delegado reclama pra ele: “Você viu aquele louco, arrancou a porta do meu carro novinho!!” O Captura, visivelmente abalado, responde: “Mas vocês Delegados não tem jeito... São tão materialistas que nem vêem o resto. Olhe pra você, perdeu o braço e reclama da porta do carro?!” Só então a Autoridade repara em seu braço, que foi arrancado na altura do ombro e grita desesperado: “Meu Deus, cadê meu Rolex?”

20 - O QUE O DELEGADO TEM MAIS É...

J O B O S V E – 20 – 06/2007

“Suplemento digital do informativo mensal “Avós das Ruas”, criado com o fim de, não apenas divulgar, mas suscitar discussões e reflexões quanto aos temas relacionados à atividade policial civil no Estado de Sergipe”.

PENSAMENTO DA SEMANA

JUIZ: Quem ousará contestar o que tenho decidido?
VITÓRIA: Não podeis decidir tudo. A dor tem, também, os seus direitos.
JUIZ: Meu papel é de preservar esta casa e impedir que o mal penetre nela. Eu... (Entra subitamente Diogo) Quem te permitiu entrar aqui?
DIOGO: Foi o medo que me empurrou para tua casa. Estou fugindo da peste.
JUIZ: Não estás fugindo dela: tu a trazes contigo (Aponta a Diogo a marca que este traz na axila. Silêncio, dois ou três apitos ao longe.) — Deixa esta casa.
DIOGO: Deixa-me ficar. Se me expulsares, eles se misturarão com todos os outros e, então, será o amontoado da morte.
JUIZ: Sou um servidor da Lei: não posso acolher-te aqui.
DIOGO: Servias à antiga Lei. Nada tens a ver com a nova.
JUIZ: Não sirvo à Lei pelo que ela diz, mas sim porque ela é a Lei.
DIOGO: Mas, se a Lei for o crime?
JUIZ: Se o crime torna-se Lei, ele deixa de ser crime.
DIOGO: E será, então, a virtude que se deve punir?
JUIZ: É preciso puni-la, com efeito, se tiver a arrogância de discutir a lei.

(Albert Camus – trecho da peça “Estado de Sítio”)


O QUE O DELEGADO TEM MAIS É...

O JOBOSVE anterior encerrou com uma atividade-pergunta.VOCÊ RESPONDEU? Algumas perguntas respostas foram impublicáveis, e os não muito pejorativos serão expostos ao longo desta edição, uma vez que refletem perfeitamente os humores das categorias de base da Polícia Civil/SE. E não é à toa!!! Não é preciso ter excelente conhecimentos de gráficos para perceber a forma escrota como no interstício maio de 2004 e maio de 2007 evoluíram os salários dos Indigentes e o dos FDP’s (Felizes Delegados de Polícia).

Não é preciso ser um gênio para perceber a tremenda sacanagem que se pôs a termo nos últimos anos, sobretudo no ano de 2006 quando o salário-bruto dos FDP’s (Felizes Delegados de Polícia) inchou 49,65% ao passo que os indigentes amargaram 3,47%. Junte a isso que essa mágica foi conquistada às custas da nossa miséria. Nunca será pouco repetir que no meio de 2006, no refeitório da ACADEPOL/SE nascia uma mobilização de policiais e que três FDP’s (Felizes Delegados de Polícia) pediram-nos que não nos manifestássemos pois assim que o projeto deles fosse aprovado, eles nos apoiariam para que o mesmo nos fosse garantido. PRECISO FALAR ALGUMA COISA SOBRE O QUE SIGNIFICOU DAR AQUELE VOTO DE CONFIANÇA? De fato foi o Governo quem nos colocou à beira do precipício, mas foram os FDP’s (Felizes Delegados de Polícia) quem deram o último empurrãozinho. Quem diz que não há motivo para esse estado de beligerância ou é incapaz de analisar contexto histórico ou tem má fé no mais elevado grau.

Digo isto simplesmente para que se veja com cautela essa tentativa de aproximação por parte dos FDP’s (Felizes Delegados de Polícia), divulgada por algumas vezes no rádio da Secretaria de Estado da Segurança Pública/SE, até por que, a partir da constatação de que não foi precedida de um mea culpa, permite deduzir que não há tácito, nem velado, reconhecimento da mesquinhez institucional que provocou o atual fosso salarial que nos separa. Assim, Indigentes e Escravões numa mesa de negociação com os Doutoríssimos (Ilustríssimos Doutores) FDP’s (Felizes Delegados de Polícia), devem figurar tais e quais membros do MST (Movimento do Sem Terra) diante dos latifundiários e não como escravos diante dos Senhores de Engenho. E, assim, nesse contexto, questionar a legalidade da acumulação em cascata da Gratificação de Periculosidade corresponde à legítima invasão do latifúndio improdutivo com fins de Reforma Agrária, com o atenuante de que TOTALMENTE RESPALDADOS EM LEI.

Que o judiciário seja provocado e se manifeste!!! Até porque os argumentos dos defensores da re-concessão são pífios e, via de regra, apelam apenas ao emocional: — “Não se pode reduzir o salário do trabalhador!” Seria lindo se esses “trabalhadores” não tivessem se beneficiado diretamente da redução do salário de centenas de trabalhadores quando em 2004 nossa gratificação foi congelada, capitalizando assim o Estado para re-conceder essa Periculosidade e por isso mesmo ficado omissos diante da nossa desgraça. E vamos além, para quem tem memória curta ou distorcida, vale constatar que esta re-concessão foi “coincidentemente” garantida aos FDP’s em uma reunião fechada com o então Secretário de Segurança Pública na véspera de uma assembléia para deflagração de grave por parte dos Indigentes de Polícia.

Se for legal, legal!!! Mas se não for... o Governo terá mais dinheiro em caixa para, dentro do limite prudencial da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) possa majorar nossos vencimentos. Logo, diante da dúvida OS DELEGADOS TEM MAIS É: QUE RESPEITAR O DIREITO DOS AGENTES E ESCRIVÃES DE QUESTIONAREM JUDICIALMENTE TAL REALIDADE ASSIM COMO QUAIQUER OUTRAS SOBRE AS QUAIS TENHAM DÚVIDAS. Não cabem argumentos acerca da quantidade de membros na Assembléia do SINPOL/SE em que tal ação foi deliberada, até porque é dever dos filiados comparecer às assembléias que, no caso das do SINPOL/SE tem suas convocações feitas publicamente e não na surdina como a de outras categorias.

Percebe-se então que é preciso ter cautela na aproximação com aqueles que por baixo dos panos desqualificam a decisão da assembléia do nosso sindicato, não obstante o próprio sindicato fazer questão de desqualificar-se (ou você já ouviu falar de algum outro presidente de sindicato que diga com orgulho que não respeitará a decisão quase unânime de uma assembléia?). Urge primeiramente avaliar até que ponto tal aproximação é válida. Se for posto, ainda que indiretamente, como condição de apoio a desistência da polêmica ação de periculosidade... A VÍTIMA DE ESTUPRO NÃO PODE SER OBRIGADA A CASAR COM SEU ALGOZ.

Também cabe levarem em conta a possibilidade de a aproximação ser decorrente de uma campanha publicitária para a recuperação da imagem dos FDP’s (Felizes Delegados de Polícia) perante a opinião pública, ou seja, mera peça de publicidade sem efeito prático algum. Isso vai ser possível perceber pela visibilidade que os FDP’s façam dessa reunião... Neste caso CORRAM!!! Existe alguma reunião dos FDP’s (Felizes Delegados de Polícia) cuja pauta tenha sido amplamente divulgada?

Antes de mais nada, também é preciso esperar que os que querem a aproximação se justifiquem, se disserem que é por estarem preocupados com nossa situação... LEIA A PIADA DA SEMAMA E CORRAM PARA AS MONTANHAS!!! Se admitirem, ainda que por eufemismos, a forma mesquinha e equivocada por parte de uns e omissa-festiva por parte dos outros, aí cabe o pendor à crença na boa vontade, afinal, parafraseando Tobias Barreto: Somente aquele que nada aprende e nada evolui é que tem medo de mudar de opiniões.

Também cabe levantar a orelha se os neo-amigos FDP’s (Felizes Delegados de Polícia) quiserem intermediar negociações com o governo. Neste quesito a história os condena. Mas se disserem que vão pleitear o acesso a algumas pessoas para que nós mesmos defendamos nossa causa, aí tem conversa.

Se vierem com a lenga-lenga de que FDP’s (Felizes Delegados de Polícia) ganham mal por serem carreira jurídica, não cabe lembra-los de que se fossem mesmo não estariam tentando empurrar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) nº 549/2006 e muito menos estariam levando a lapada da AMB (Associação dos Magistrados do Brasil) que ingressou com a ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3896) contra parte do Estatuto dos Delegados de Polícia de Sergipe que lhes confere prerrogativas de carreira jurídica, isso sem falar nas ADIN’s 2587 e 882 a partir das quais o STF (Supremo Tribunal Federal) declarou inconstitucionais leis que garantiam foro privilegiado a FDP’s (Felizes Delegados de Polícia) . Mas vamos deixar estes assuntos de lado (para um JOBOSVE futuro, com certeza).

Muito interessante seria a discussão sobre atribuições, até porque a Lei nº 4.122/1999 (Estatuto do Delegado), assim como as sucessivas alterações (Leis 4285/2000, 4.351/2001, 4.361/2001, 4.379/2001, 4.428/2001, 4.495/2001, 4.944/2002, 5.214/2003, 5.777/2005, 5.892/2006 e 5.939/2006) não dizem quais são as atribuições dele. É mole? Pagar tanto e não definir pra quê!!! Mas apesar de interessante, fica para depois (outro JOBOSVE, com certeza – o bom de ganhar tão mal é que na falta de dinheiro tenho que ficar lendo... Vixe Maria!!!).

Cabe ainda resguardar-se quanto a algumas armadilhas:
· Subsídio: na nossa atual situação seria uma catástrofe, a única vantagem seria para os FDP’s (Felizes Delegados de Polícia) que teriam a segurança na suas remunerações, inclusive oficializando as Multi-Periculosidade. Assim, subsídio só seria válido se fosse garantido ao RESTO, antes do ato da criação do subsídio, um valor de PELO MENOS 50% do que fosse percebido pelos FDP’s (Felizes Delegados de Polícia). Do contrário... O QUE OS DELEGADOS TEM MAIS É: QUE DESISTIR DE USAR AS CATEGORIAS DE BASE COMO MASSA DE MANOBRA.
· Isonomia salarial com o Escrivão: para 2007 seria até bom, mas isso para 2008 não teria outra finalidade senão tentar uma ruptura entre trabalhadores. Já que o projeto do SENASP vai extinguir o cargo, massa. Antecipem-se ao SENASP e extinga-se em Sergipe, mas ENQUANTO NÃO SE ALTERA A LEI, RESPEITEMO-LA.
· Gratificação por curso: o 19º JOBOSVE já tratou do assunto.

Mas então o que se poderia ser discutido numa mesa de FDP’s (Felizes Delegados de Polícia) e Resto?
Índices de reajuste com certeza não. Não mesmo, são eles quem nos pagam. Mas se disserem que exigirmos que o salário do RESTO seja de PELO MENOS 50% do salário dos FDP’s (Felizes Delegados de Polícia) afirmarem que tal é inconstitucional diante do que consta no artigo 37, inciso XIII de que “é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público” ( redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 04.06.98.) perguntem se é razoável a politicanalhice salarial que se tem praticagado por estas terras.
Se existem pontos válidos para serem discutidos entre os FDP’s e o RESTO, com certeza não é a vaidade de definir quem ganha e quem perde, mas apenas alguns pontos institucionais sobre os quais os FDP’s tem condições de intervir, quais sejam:
· CORRETO ENQUADRAMENTO DOS AGENTES AUXILIARES NO CARGO DE AGENTES DE POLÍCIA JUDICIÁRIA;,
· RESPEITO AO RITO DE REMOÇÃO PREVISTO NO ARTIGO 50 DA LEI nº 4.133/2007:
Art. 50. O Escrivão de Polícia ou o Agente de Polícia Judiciária poderá ser removido de um para outro Município, Órgão ou Unidade Policial, por ato do Secretário de Estado da Segurança Pública, mediante proposta do Superintendente da Polícia Civil:
I - a pedido do próprio Escrivão de Polícia ou Agente de Polícia Judiciária, inclusive por permuta, ou por motivo de saúde, neste caso condicionado a comprovação pelo Serviço Médico Oficial;
II - “ex-officio”:
a) por interesse do Serviço Público, ouvido o Conselho Superior de Polícia Civil;
b) por conveniência da disciplina, após o devido procedimento disciplinar competente.
· RESPEITO À JORNADA LEGAL DE TRABALHO DOS INDIGENTES E ESCRAVÕES;
· DISCUSSÃO PÚBLICA VISANDO A REESTRUTURAÇÃO DA CORREGEPOL, FAZENDOCOM QUE MEMBRO DAS COMISSÕES DISSIPLINARES DEIXE DE SER CARGO DE CONFIANÇA E EXTINÇÃO DAS VPI’s (proposta JOBOSVE – concurso interno para preenchimento por tempo determinado);
· EXTINÇÃO DA FIGURA DO AD-HOC COM FIM DE PRESSIONAR O GOVERNO A CHAMAR OS ESCRAVÕES CONCURSADOS;
· MANIFESTAÇÃO CONJUNTA DE REPÚDIO À REALIZAÇÃO DE CONCURSO PARA AGENTE SEM A REESTRUTURAÇÃO DO CARGO PARA O NÍVEL SUPERIOR;
· ELABORAÇÃO DE UMA PAUTA CONJUNTA DE REIVINDICAÇÕES E CRONOGRAMA DE ATIVIDADES CONJUNTAS;
· COMPROMISSO DOS DELEGADOS PARA NÃO-INTERFERÊNCIA NAS ELEIÇÕES DO SINPOL/SE E RESPEITO ÀS DELIBERAÇÕES DA CATEGORIA.
Perceba-se que não há nada do outro mundo. E antes de tudo, percebam que esta aproximação PODE SER ÚTIL, MAS NÃO É INDISPENSÁVEL!!! Os FDP’s (Felizes Delegados de Polícia) precisam muito mais de nós do que nós deles. Quem for convidado para a reunião, vá de coração aberto mas com os olhos atentos pois se hoje o que os Delegados tem mais é: DINHEIRO, é porque nós permitimos esta política de que MELHOR OS BURROS QUE OS CARREGEM DO QUE CAVALOS QUE OS DERRUBEM.

P.S. I: Quem precisa dos FDP’s para nos sacanear com uma diretoria de sindicato como Manoel & Cia? Você sabia que Manoel & Cia estão querendo forçar uma nova votação para que o SINPOL revogue a ação pela Distribuição de Renda na PC/SE? E que inclusive a diretoria está se organizando para rodar delegacias para convencer os Indigentes a um movimento contra a decisão da assembléia do próprio SINPOL? Pasmem!!! Eles que nunca brigaram por nós, estão querendo brigar pelos FDP’s (Felizes Delegados de Polícia). O QUE HAVERÁ POR TRÁS DISTO? É URGENTE TROCAR ESSA DIRETORIA PARA QUE O SINPOL DEIXE DE SER ESCRITÓRIO PARA DEFESA DO SINDEPOL.

P.S.II: para tentar ajudar na campanha da eleição SINPOL 2007, o JOBOSVE lança a campanha “Bol for Bol; Ass for Ass”. Toda vez que um FDP (Feliz Delegado de Polícia) for à imprensa para “inocentemente” chamar alguém do grupo Manoel & Cia ou da Operação Padrão de processado ou qualquer outro termo pejorativo, saindo da discussão técnica sobre idéias para a seara da desqualificação pessoal, o JOBOSVE irá reproduzir sentenças e pareceres do MP retirados do site do TJ onde se discute temas variados que vão desde relações patroa x empregada até confusões entre lanterna mega light e tacape mega power que demonstram claramente quem é o lado mais feio. Creio não ser necessário este tipo de recurso, tão deletério para a imagem da instituição. A discussão deve ser sobre idéias, não sobre pessoas. Que ninguém tenha isso como ameaça, pelo amor de Deus, mas como uma tentativa de evitar o desvirtuamento das discussões sobre as mazelas sofridas pelos.
P.S. III: O JOBOSVE gostaria de prestar solidariedade à Delegada que recentemente foi vítima de assalto. Antes de lamentar o fato de que hoje os bandidos estejam com mais uma pistola em mãos, é urgente prestar apoio àquela que como tantos diariamente, por conta do descaso do governo com a segurança (mas ano que vem...) sentiu o peso da impotência daquele que se vê sob a mira da arma de um assaltante. Mas pelo menos ela tem uma equipe de captureiros que lhe tomará as dores e cairá em campo, pena que eu e o resto de Sergipe não tenhamos. A propósito, por que a SSP/SE não passa a adotar as mesmas cautelas quando da divulgação de Agentes e Escrivães assaltados ou rendidos em delegacias invadidas??? Minha sincera solidariedade, mas este é outro fato a comprovar que ENQUANTO OS AGENTES VIVEREM DE APERTAR O CINTO, OS BANDIDOS VÃO CONTINUAR FECHANDO O CERCO!!! Só o Governador, e os membros da cúpula da SSP/SE parecem não ver.
SEÇÃO NOSTALGIA
* Do JOBOSVE 03 (Dezembro de2006) para você:
“RESPEITO DEVE SER BOM E NÓS NUNCA TIVEMOS!” Não podemos mais tolerar a condição que nos tem sido imposta e muito menos podemos esperar apoio dos superiores hierárquicos. Lembre que a primeira grande luta deles foi para, apesar de pertencerem à mesma categoria policial que os Agentes e Escrivães, terem um Estatuto em separado de forma a receberem reajustes de salário também em separado. BASTA DE HIPOCRISIA! Se você ainda não cansou, leia o artigo de um Ilustríssimo Senhoríssimo e Doutoríssimo Delegado, acessível no http://www.ssp.se.gov.br/, intitulado “O velho e o novo na Segurança Pública” que após assumir vexatoriamente que a polícia é gerida com fins de atender a interesse de grupos políticos – e portanto muita gente estaria procurando sua estrelinha do PT no fundo da gaveta - (daí a gritante distinção de tratamento das mentes tacanhas que vêem o mundo como peões e coronéis), reduz-se o problema da Polícia Civil à questão salarial (muitíssimo importante), mas esquecendo da jornada de trabalho acima do que preceitua a lei e o desrespeito dos FDP’s (Felizes Delegados de Polícia) aos ritos de remoção legalmente. Inclusive, ignorando o dicionário tanto quanto se tem ignorado a Constituição, o Código de Processo Penal e a Lei de Assédio Moral, fala em desmotivação da TROPA (Vixe Maria, virei militar!). Mas o mais curioso é que sua grande defesa é pelo salário dos Policiais Militares. Não digo que não seja uma causa justa, mas perceba que é um Delegado (que ganha bem mais do que os oficiais) dizendo que a prioridade deve ser da reestruturação da PM, logo meu filho, Indigente de Policía, tome vergonha e arregace as mangas (se arregaçar mais o resto, estupora) para melhorar nosso salário, não espere que nenhum FDP (Feliz Delegado de Polícia) faça nada por você além de explorar sua mão de obra. ERRAR É HUMANO MAS PERMANECER NO ERRO JÁ ENCHEU O SACO! (Quem quiser cópia do citado texto é só pedir)

É LIVRE E RECOMENDÁVEL A REPRODUÇÃO DESSE MATERIAL, MAS POR GENTILEZA, CITE A FONTE.


Euzinho da Silva
Formado pela FAIVI (Faculdades Integradas da Vida)
PQP em Ócio Preguiçoso pelo IML (Instituto dos Mimosos Legais)
Bispo da Igreja Universal da Pimenta do Reino
Filiado do PUTA (Programa pela União dos Trabalhadores Amargurados)
Indigente de Polícia Judiciária


QUALQUER DELEGADO(A), QUE QUISER TER ACESSO BASTA SOLICITAR PELO www.jobosve@yahoo.com.br (HÁ QUEM O FEZ E ISSO NÃO O DIMINUIU EM NADA, PELO CONTRÁRIO)! NÃO PASSE ESSE MATERIAL PARA ELES OU VOCÊ PODERÁ SER REMOVIDO PARA POÇO REDONDO (HÁ QUEM O FOI E ISSO NÃO O DIMINUIU EM NADA, PELO CONTRÁRIO)!!!

P I A D A D A S E M A N A


(Aos que não concordam com piadas sobre nossa classe (Delegados, Escrivães e Agentes), por favor, ignorem este trecho. Aos que lêem este arquivo, acredito que, antes de ser uma depreciação, estas piadas contribuem para que seja fortalecido um sentimento ético, capaz de reverter a imagem distorcida dos policiais, fato gerador de muitas das anedotas sobre o tema)


SE VOCÊ É DELEGADO:
FAVOR LER O TESTÍCULO ENTRE PARÊNTESES ACIMA ANTES DE LER A PIADA E ANTES DE REMOVER MAIS UM AGENTE PARA POÇO REDONDO

A PARÁBOLA DA VASELINA

De repente entra na farmácia um jovem muito distinto, de terno e gravata que vai direto ao farmacêutico e pergunta:
— O Senhor tem vaselina?
— Tenho sim. – responde o farmacêutico.
— Quanto custa?
— Temos de três tipos, uma de R$ 20,00, outra de R$ 75,00 e outra de R$ 190,00.
— Posso ver a de R$ 20,00?
O farmacêutico entrega um potinho ao cliente que abre, a vê a textura do produto, cheira-o e pede:
— Me vê o de R$ 75,00!
Após receber e abrir o potinho, cheira-o, faz sinal de aprovação, mas após verificar a textura, pede outra vez:
— É não serve, o cheiro é até bom, mas a textura... Me vê a de R$ 190,00.
O cliente pega o potinho, cheira o conteúdo, verifica a textura e mostra-se muito satisfeito, diante do que o farmacêutico lhe disse que pode ir pagar no caixa. E assim que este cliente dá as costas para ir ao caixa, outro cliente que estava observando com atenção a cena, fala ao farmacêutico:
— Tá vendo aí, veado.
Ao que o farmacêutico, espantado retruca:
— Veado? Só por que comprou vaselina? Olha o cara,todo pintoso, de terno e gravata. De repente ele está indo comer o rabo de uma linda modelo.
— É, e desde quando você já viu alguém tomar tanto cuidado com o cu dos outros?

JOBOSVE’s ANTERIORES (NÃO LEU ALGUM? PEDIR NÃO DÓI!)

01.– Carta aos Deputados Estaduais Eleitos;
02.- Sobre a Corregepol/SE;
03. – Apertem os cintos, a gratificação sumiu;
04. – O desrespeito ao princípio da hierarquia na atividade de captura e seus riscos;
05. – Enquanto o Sinpol espera, a Operação Padrão corre e vai buscar.
06. – É possível formar uma polícia cidadã com policiais sem cidadania – Parte I.
07. – Sindicato...? Qual? Pra quê? – parte I
08. – Os Agentes Auxiliares e a Operação Padrão: a justiça e a lei de braços dados.
09. - Hipocrisia, pseudo-assitencialismo e ilegalidades do programa de prestação voluntária.
10. - Feliz Sergipe (de)novo: os motivos do provável sepultamento do JOBOSVE.
11. - A função social da imagem de burros e corruptos dos agentes de polícia
12. – Delegado@com.policiacivil.se
13. – Se essa é uma gestão democrática, Deus me livre da Demoníaca
14. – Nota de Solidariedade ao Secretário de Segurança Kércio Pinto.
15. – Ser ou não ser, eis a questão? – Uma homenagem a esse homem de palavras.
16. – Sobre os riscos de fechar os canais de negociação.
17. – Um por todos e todos por um.
18. – E eis que surge mais um invejoso.
19. – Alerta vermelho: essa já é descaramento.


NÃO O CONSIDERE COMO VERDADE SE NÃO QUISER, MAS REFLITA E PERMITA QUE O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS REFLITA SOBRE E EM TORNO DESSES ASSUNTOS QUE FAZEM PARTE DO SEU DIA A DIA POIS COMO DIZIA SÓCRATES: “UMA VIDA NÃO EXAMINADA NÃO VALE A PENA SER VIVIDA” E COMO DIRIA EUZINHO DA SILVA, “A PUBLICIDADE INIBE O ABUSO!”

18 - E EIS QUE SURGE MAIS UM INVEJOSO

J O B O S V E – 18 – 06/2007


“Suplemento digital do informativo mensal “Avós das Ruas”, criado com o fim de, não apenas divulgar, mas suscitar discussões e reflexões quanto aos temas relacionados à atividade policial civil no Estado de Sergipe”.

PENSAMENTO DA SEMANA

— Muito bem – disse eu a eles. – Eu sei algumas coisas que vocês não sabem. Mas por que eu sei e vocês não sabem?
— O senhor sabe porque é doutor.Nós, não.
— Exato, eu sou doutor. Vocês não. Mas por que eu sou doutor e vocês não?
— Porque foi à escola, tem leitura, tem estudo e nós não.
— E por que eu fui à escola?
— Porque seu pai pôde mandar o senhor à escola. O nosso não.
— E por que os pais de vocês não puderam mandar vocês à escola?
— Porque eram camponeses como nós.
(...)
— E não ter educação, posses, trabalhar de sol a sol, sem esperança de um dia melhor.
— E por que ao camponês falta tudo isso?
— Porque Deus quer.
— E quem é Deus?
— É o pai de todos nós.
— E quem é pai aqui nessa reunião?
Quase todos de mão para cima, disseram o que eram. Me fixei num deles e lhe perguntei.
— Quantos filhos você tem?
— Três.
— Você seria capaz de sacrificar dois deles, submetendo-os a sofrimentos para que o terceiro estudasse, com vida boa no Recife? Você seria capaz de amar assim?
— Não!
Se você - disse eu -, homem de carne e osso, não é capaz de fazer uma injustiça dessa, como é possível entender que Deus o faça? Será mesmo que Deus é o fazedor dessas coisas?
Um silêncio diferente do anterior. Em seguida:
— Não. Não é Deus fazedor disso tudo. É o patrão.

(PAULO FREIRE, in: Pedagogia da esperança (1992))

E EIS QUE SURGE MAIS UM INVEJOSO

Para quem não lembra ou não soube, no dia 26/03/2007 foi divulgado na coluna da Internet do Cláudio Nunes um texto do SINDEPOL/SE onde, após defender a legalidade das incorporações em cascata da Gratificação por Risco por parte dos Delegados de Polícia de Sergipe (quem tiver interesse em ler o texto completo, acesse: www.infonet.com.br/claudionunes/ler.asp?id=56731&titulo=claudionunes), atribuiu-se principalmente à inveja, a revolta que tem assolado aos Agentes e Escrivães da polícia civil sergipana desde junho de 2006.

Não tinha pretensões de retomar o assunto tão cedo, ainda mais após a categoria policial civil em massa ter provado na assembléia do SINPOL/SE o ingresso de uma ação judicial que venha a dirimir quaisquer dúvidas quanto ao tema, seja calando a boca dos que atestam a ilegalidade da re-concessão, seja ajudando as finanças do estado ao eliminar, caso o Judiciária ateste a ilegalidade da re-concessão, no mínimo, uma despesa de R$ 288.232,51 (veja a tabela abaixo e, se quiser, refaça as contas).

Fala-se aqui em “no mínimo”, porque ao se considerar que os reajustes concedidos após a(s) incorporação(ões), se esta(s) for(em)considerada(s) ilegal(is), devem ser revistos uma vez que calculados sobre uma base equivocada (caso declarada a ilegalidade). E só esse mínimo considerado é suficiente para aumentar em aproximadamente R$ 203,00 o salário de cada Agente e cada Escrivão { 288.232,51: (220 + 1200) = 202,98}.

Perceba-se que se gasta com a periculosidade dos 138 Delegados MAIS DO QUE O DOBRO do que se gasta com todos os 1.200 INDIgentes de Polícia Judiciária cuja natureza da função não é a de gabinete, mas a de enfrentamento e investigação, ou seja, os riscos a que se sujeitam não são subjetivos como o risco de infecção respiratória por conta do ar condicionado, mas objetivos e potencialmente constantes. E considere ainda que a 3a classe dos cargos de Agente e de Escrivães estão praticamente vagas e então teremos, de forma aproximada, a seguinte relação entre a quantidade de servidores e gasto com periculosidade:

Agora, antes de falar no NOVO INVEJOSO, cabe aqui uma ressalva. Quando neste ou em outros textos se coloca essas questões, a crítica não é direcionada aos Delegados. SÉRIO! Eles fazem o mesmo que nós estamos fazendo, reivindicam melhorias (pena que não vislumbrem o horizonte além dos próprios bolsos – salvo alguma exceção, se é que existe). Cabe ao Legislativo a tarefa de legislar e ponto final. Por isso é a eles que a crítica é direcionada. Eles que só fazem conta (ou só fazem de conta) quando observam a situação dos Agentes e Escrivães e vão além da conta quando é para fazer concessões aos Delegados.

Deputados mal instruídos beneficiam apenas a categoria para onde migram seus sobrinhos e genros que não passaram em concurso para juiz, promotor ou procurador. Já para as categorias de base: Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que também (ou tão bem) poderia ser lida como “Levem no Rabo Fuleiros (LRF)”.

Imagino que a confusão se dê pelo fato de usar-se a expressão PATRÕES, de vez em quando. Mas ocorre que patrão diz respeito àquele que possui os meios de produção e, no caso da polícia, refere-se ao Chefe do Executivo (Governador). Delegado é incontestavelmente o superior hierárquico do Agente e do Escrivão, mas NUNCA O PATRÃO. Não é ele quem os contrata e nem quem os paga, inclusive há de se ressaltar que ambos são servidores públicos da mesma natureza: — Policia Civil!

Mas voltemos ao monstro de olhos verdes chamado inveja. Como já se disse, há quem defenda que a revolta dos Agentes e Escrivães seria fruto da inveja do Delegado, assim como as lutas feministas, para alguns freudianos, seriam fruto da inveja do pênis sentida pelas mulheres... o caralho é que é!!!

E eis que na edição do CINFORM desta semana surge o relato de mais um invejoso (e olha que desta vez não é nenhum dos ‘baderneiros’ da Operação Padrão). Tá lá, na página 07 da edição 1260 (04 a 10 de junho de 2007): “Uma polícia que tem fome!: e não é de prender, espancar ou de torturar. É fome de comida, dignidade e de respeito. Enfim, de salário”.

Logo no início, o desabafo: “Levei facada, vários tiros e tenho câncer há oito anos. Estou vencendo todas essas batalhas que me feriram gravemente. Em 29 anos na polícia, nunca fui punido nem faltei ao serviço. Agora estou pedindo esmolas para não morrer de fome. Estão querendo produzir suicidas, corruptos, homicidas e ladrões com salário de fome. (...) É o desleixo, o menosprezo, a negligência da Secretaria de Estado da Segurança Pública com os policiais em fim de carreira que dói mais em mim. É dor na alma. Não consigo explicar a falta de governo com a segurança e com o funcionalismo. Não é possível. JÁ ESCAPEI DE TANTA COISA. NÃO MORRI DE TIRO. AGORA VOU MORRER DE FOME?”

Para agravar o caso abordado, a matéria relata que (como tantos outros), o policial em questão, num momento de extrema necessidade fez um empréstimo bancário para cuidar da saúde e por isso por mais 52 meses terá R$ 340,00 descontado em seu salário. Os repórteres Andréa Vaz e Tarcício Dantas (JOBOSVE os aplaude de pé) constataram que o policial vive em “MISÉRIA ABSOLUTA”, inclusive relatam haver um parecer do Departamento Social da Secretaria de Estado da Segurança Pública (esse eu nem sabia que existia) confirmando que o policial em foco não tem como se manter com o salário que ganha do Estado.

E a reportagem vai além e atesta que o problema até aqui citado não é um caso único. Pelo contrário, está mais para regra do que para exceção. Inclusive a reportagem chega à seguinte conclusão: — “SER POLICIAL HONESTO SIGNIFICA VIVER DE FORMA ABSOLUTAMENTE PRECÁRIA”.

Num retrato claro, tanto quanto cruel, demonstra a percepção de quem é filho de policial e quer tudo na vida, menos seguir a profissão do pai. Como ser um orgulho para a sociedade sendo a vergonha da família? Como não sentir-se motivado para o crime ouvindo a própria esposa, assim como a de um dos policiais da matéria em foco dizer: — “Com o salário de fome da polícia, só dá para morar na periferia. Mas o que mais dói é quando meu marido sai sem um centavo no bolso e não tem nada em casa para dar de comer aos filhos. A polícia brasileira é mal remunerada, não é reconhecida e cobram demais dela.

Mas parece que esse invejoso não quer compreender que no ano que vem... Não quer compreender a justiça de um reajuste linear que concedeu o mesmo índice para as três categorias da polícia civil e, neste conceito tosco e burlesco de justiça concedeu:

Só que, mais uma vez, considere que a 3a classe dos cargos de Agente e Escrivão estão quase que totalmente vazias, logo, em valores aproximados, temos que:

Assim sendo, a retórica vazia pode afirmar haver justiça neste reajuste linear que aumentou em cerca de R$ 50.413,20 o gasto com a folha de pagamento dos Delegados, Escrivães e Agentes da Polícia Civil. Em média aritmética (M.A.) poder-se-á dizer que houve um aumento no gasto per capita de R$ 47,62. Pena que a divisão do bolo não foi por M.A., mas:

Pegue a calculadora e refaça os cálculos. Monte sua tabela e veja se vai ser muito diferente da que está acima. Do valor injetado para salários da Polícia Civil, 71,23% foi direcionado para os FDP’s (Felizes Delegados de Polícia). É mais que importante que cada um passe a refletir com a própria cabeça. E aí sim, uma vez esclarecido, como compreender a “justiça” do reajuste linear ao invés do combate às disparidades aviltantes? Mas ano que vem...

Em junho ou julho serão criadas MESAS DE NEGOCIAÇÃO. Mas qual o poder dessas mesas? Será que o que for apresentado pelas mesas receberá tratamento igual ao que foi apresentado pelo Secretário de Segurança Kércio Pinto para os policiais civis? Diga-se de passagem, que o citado secretário teve a coragem de afirmar para o CINFORM on-line que não apresentou contra-proposta alguma, inclusive chamando os policiais de MENTIROSOS!!!

Se chamasse de burros, acomodados, mortos de fome ou de mansos eu nem discutiria, mas MENTIROSOS... Bem, a mentira tem a assinatura dele.

E para os que querem distorcer a briga dos policiais imputando-lhe conotação política e dizendo que quando o governo era outro todo mundo ficava calado, aqui vai um pequeno refresco de memória:

E já que estamos brincando de refrescar a memória, seria bom que chegasse ao Governador Marcelo Deda a seguinte matéria adicionada ao CINFORM on-line às 11:18h de 29/06/2006:


E aí? O que mudou além do nome do governador? Com a palavra cada um dos deputados que em junho do ano passado diziam que nossa incorporação de gratificações ao salário-base era justa e viável mas agora continua justa mas “vai quebrar o Estado”. Frise-se quê: o governo da mudança fez o mesmo que alardeou o governo da lambança pois a BOA VONTADE do governador foi apenas de um “projeto que mexe com os vencimentos dos servidores se for geral, para todos”.


É LIVRE E RECOMENDÁVEL A REPRODUÇÃO DESSE MATERIAL, MAS POR GENTILEZA, CITE A FONTE.


Euzinho da Silva
Formado pela FAIVI (Faculdades Integradas da Vida)
PQP em Ócio Preguiçoso pelo IML (Instituto dos Mimosos Legais)
Bispo da Igreja Universal da Pimenta do Reino
Filiado do PUTA (Programa pela União dos Trabalhadores Amargurados)

O DELEGADO QUE QUISER TER ACESSO BASTA SOLICITAR PELO www.jobosve@yahoo.com.br (HÁ QUEM O FEZ E ISSO NÃO O DIMINUIU EM NADA, PELO CONTRÁRIO)! NÃO PASSE ESSE MATERIAL PARA ELES OU VOCÊ PODERÁ SER REMOVIDO PARA POÇO REDONDO (HÁ QUEM O FOI E ISSO NÃO O DIMINUIU EM NADA, PELO CONTRÁRIO)!!!


P I A D A D A S E M A N A


(Aos que não concordam com piadas sobre nossa classe (Delegados, Escrivães e Agentes), por favor, ignorem este trecho. Aos que lêem este arquivo, acredito que, antes de ser uma depreciação, estas piadas contribuem para que seja fortalecido um sentimento ético, capaz de reverter a imagem distorcida dos policiais, fato gerador de muitas das anedotas sobre o tema)


SE VOCÊ É DELEGADO:
FAVOR LER O TESTÍCULO ENTRE PARÊNTESES ACIMA ANTES DE LER A PIADA E ANTES DE REMOVER MAIS UM AGENTE PARA POÇO REDONDO



Chateado por ser apontado pelos Agentes como responsável direto pela desgraça destes e sem vislumbrar possibilidade de reajuste para os Agentes antes de os Delegados conseguirem a isonomia salarial com os Procuradores de Estado, um Delegado resolve suicidar-se. Vai para o meio do calçadão e joga vários litros de gasolina pelo corpo, mas quando vai se atear fogo, uma mulher o segura pelo braço.
— Não faça isso! – diz ela comovida com a situação dramática. Ninguém acha que a culpa da desgraça dos Agentes é de vocês Delegados. Sério! Olha, vou te provar.
Então a mulher sai pelo calçadão com uma prancheta e folhas de papel explicando a situação e pedindo assinaturas de apoio e solidariedade à amargurada autoridade. Meia hora depois ela retorna e o Delegado lhe pergunta:
— Como foi?
E ela:
— Mais ou menos, não consegui nenhuma assinatura, mas ganhei uns 250 isqueiros e umas 3.000 caixas de fósforo.


JOBOSVE’s ANTERIORES (NÃO LEU ALGUM? PEDIR NÃO DÓI!)

01.– Carta aos Deputados Estaduais Eleitos;
02.- Sobre a Corregepol/SE;
03. – Apertem os cintos, a gratificação sumiu;
04. – O desrespeito ao princípio da hierarquia na atividade de captura e seus riscos;
05. – Enquanto o Sinpol espera, a Operação Padrão corre e vai buscar.
06. – É possível formar uma polícia cidadã com policiais sem cidadania – Parte I.
07. – Sindicato...? Qual? Pra quê? – parte I
08. – Os Agentes Auxiliares e a Operação Padrão: a justiça e a lei de braços dados.
09. - Hipocrisia, pseudo-assitencialismo e ilegalidades do programa de prestação voluntária.
10. - Feliz Sergipe (de)novo: os motivos do provável sepultamento do JOBOSVE.
11. - A função social da imagem de burros e corruptos dos agentes de polícia
12. – Delegado@com.policiacivil.se
13. – Se essa é uma gestão democrática, Deus me livre da Demoníaca
14. – Nota de Solidariedade ao Secretário de Segurança Kércio Pinto.
15. – Ser ou não ser, eis a questão? – Uma homenagem a esse homem de palavras.
16. – Sobre os riscos de fechar os canais de negociação.
17. – Um por todos e todos por um.

NÃO O CONSIDERE COMO VERDADE SE NÃO QUISER, MAS REFLITA E PERMITA QUE O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS REFLITA SOBRE E EM TORNO DESSES ASSUNTOS QUE FAZEM PARTE DO SEU DIA A DIA POIS COMO DIZIA SÓCRATES: “UMA VIDA NÃO EXAMINADA NÃO VALE A PENA SER VIVIDA” E COMO DIRIA EUZINHO DA SILVA, “A PUBLICIDADE INIBE O ABUSO!”

19 - ALERTA VERMELHO: ESSA JÁ É DESCARAMENTO

J O B O S V E – 19 – 06/2007

“Suplemento digital do informativo mensal “Avós das Ruas”, criado com o fim de, não apenas divulgar, mas suscitar discussões e reflexões quanto aos temas relacionados à atividade policial civil no Estado de Sergipe”.

PENSAMENTO DA SEMANA

ORAÇÃO DO POLICIAL CIVIL SERGIPANO

Pai nosso ficai no céu
Santificado é o meu Delegado
Venha a nós as ordens dele
Assim como a ele vão todas as vantagens
Seja na renda como em qualquer lugar
O piu nosso de cada dia nos dai hoje
Perdoai as nossas dívidas
Assim como nós gostaríamos que nossos credores nos perdoassem
Que não nos peguem ao cairmos em tentação
E livrai-nos de todos os malas.
[Amém]
(Bispo Euzinho da Silva – Igreja Universal da Pimenta do Reino)



ALERTA VERMELHO: ESSA JÁ É DESCARAMENTO

Não é segredo que a Polícia Civil está um caos (para usar de eufemismo). Acho até que falta pouco para que se tenha Delegado levando pancada “à vera" (o que espero que jamais aconteça). Muitos se arvoram amigos dos Indigentes de Polícia Judiciária e dos Escravões de Polícia. Talvez até alguns de fato o sejam (o que não acredito muito, mas posso estar errado), mas o fato é que JAMAIS fizeram algo além da retórica vazia em favor deles. Você consegue imaginar, na Polícia Civil Sergipana, a exemplo do que ocorre na Polícia Federal, Delegados e o Resto numa paralisação conjunta? (E aí SINDEPOL/SE, “vamo pará?”). Pois, agora é a hora de começar a separar o joio do trigo!!! Mas não sou eu quem poderá fazer a distinção, falta-me cacife. Mas aqui serão postos alguns pontos e a partir deles cada Indigente e Escravão observe a postura do seu FDP (Feliz Delegado de Polícia) de estimação e julgue por si próprio. Quanto aos FDP’s (Felizes Delegados de Polícia), com uma única e HONROSA exceção, que lêem este texto às escondidas uma vez que não solicitam para o próprio e-mail (daí a única exceção que solicitou e recebe normalmente os JOBOSVES), eximindo-se do direito de opinar quanto ao que discordem, lembrem-se das palavras de Cristo: “Seja quente ou seja frio, mas se fordes mornos eu os vomitarei”.

Mas qual o motivo deste preâmbulo? Ocorre que, às escuras, nossos cada vez menos queridos FDP’s (Felizes Delegados de Polícia) mais uma vez estão TRAMANDO para majorarem os próprios salários, só que desta vez com o DESCARAMENTO HIPÓCRITA por parte de alguns, de maquiarem os fatos como se estivessem pleiteando benefício para todos na Polícia Civil.

Mas do que o JOBOSVE estará falando? Simples, GRATIFICAÇÃO POR CURSO!!! Aquela mesma normatizada pela Resolução nº 001/2005 do Conselho Superior de Polícia, paga livremente aos Delegados e negada por ser ilegal à absoluta maioria dos Indigentes, a exemplo deste que vos escreve.

Antes de prosseguir, você já teve acesso à referida resolução? Pois, de qualquer forma, hei-la na íntegra:


Antes de continuar, você viu algum representante do SINPOL subscrevendo a citada resolução? A Lei nº 4.133/1999 garante uma vaga para os representantes dos Agentes, Agentes Auxiliares e Escrivães no Conselho Superior de Polícia, logo, se não há um subscrevendo esta resolução, das duas uma: ou não foi chamado (e não reclamou por isso), ou foi chamado e não quis ir. Note que qualquer das possibilidades se configura a uma afronta a todas as categorias de base da Polícia Civil/SE.

Mas retomando, ocorre que a Procuradoria Geral do Estado já considerou esta gratificação ilegal e os nossos FDP’s (Felizes Delegados de Polícia) que, na prática, sempre estiveram se lixando para o fato de diversos Indigentes de Polícia Judiciária, que fazem jus à gratificação, nos termos da resolução, não a receberem, até porque tal preocupação deveria partir do SINPOL (Manoel & Cia.), agora querem convencer o Ilustríssimo Governador a regulamentar tal concessão afirmando primeiramente que ela beneficiaria a todos na Polícia Civil e que, em segundo lugar, serviria de incentivo e reconhecimento à qualificação profissional.

E o pior é que eu sei que tem Indigentes que, de forma irrefletida, assimilam MAIS ESSE ENGODO. Isso mesmo, engodo, falácia, manipulação e distorção descarada da realidade.

Numa época em que os Indigentes e Escravões permanecem recebendo um salário ridículo, QUALQUER DISCUSSÃO RELACIONADA A INCREMENTO, DIRETO OU INDIRETO, DE SALÁRIO NA SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA QUE NÃO SEJA ACERCA DA MAJORAÇÃO DESTES SALÁRIOS-BASE DEVE SER RECHAÇADA VEEMENTEMENTE. Sobretudo ao se considerar que qualquer despesa extra para os cofres públicos DIFICULTARÁ AINDA MAIS a disponibilização de verbas para correção da AVILTANTE DISCREPÂNCIA ABISSAL ENTRE O SALÁRIO DOS INDIGENTES, ESCRAVÕES E DOS FDP’s (Felizes Delegados de Polícia).

Mas se você ainda está tentado à visão de que esta gratificação poderia ser um paliativo para nós Indigentes, façamos algumas considerações:
· É de conhecimento público que a Secretaria de Estado da Segurança Pública/SE garantiu a TODOS os Delegados (exceção aos do último concurso – por falta de tempo) um lindo curso de Pós-Graduação, logo, seriam 20% para cada FDP da 1a e da 2a classe;
· Só agora é que está, à duras penas, sendo oferecida a Pós-Graduação para Indigentes e Escravões, logo, não há nenhuma turma formada e estes, ao contrário do que foi feito para os Delegados, tiveram que passar por prova de seleção com representantes de outras categorias para garantir a vaga e falta pelo menos um ano para que a primeira turma seja formada.

Mas vamos ignorar o que está acima exposto e vamos pautar nossos cálculos para o máximo possível de despesa a ser gerada, ou seja, 30% sobre o salário-base (ô pega, o mesmo índice da multi-periculosidade?):


Note que de uma alocação de recursos de R$ 469. 278,71, 61,32% destinar-se-iam para beneficiar aos FDP’s (Felizes Delegados de Polícia). Assim, Indigentes e Escravões que representam 91,14% do quadro de servidores da Polícia Civil teriam em seu benefício bem menos do que a metade da despesa a ser criada, ou seja, 38,68%. Concomitantemente a isso, aumentar-se-ia a DISCREPÊNCIA SALARIAL entre os diversos clãs policiais ao mesmo tempo que comprometeria a capacidade financeira do Estado em nos conceder quaisquer reajustes ou incorporações.

E só para reforçar, dê uma olhadinha nas tabelas abaixo e compare JUSTIÇA da destinação de recursos e efetivo beneficiado (isso considerando o máximo de despesa que a gratificação em foco pode gerar).


E agora entra a primeira prova para a seleção do joio do trigo entre nossos FDP’s (Felizes Delegados de Polícia). É público, notório e vexatório que por diversas (e põe diversas nisso) vezes foram concedidos reajustes e incorporações impura e exclusivamente aos FDP’s, sendo inclusive esta a origem do caos maior (o menor que é a disputa por carguinhos “eles” que são ‘brocos’ que se entendam) que fez morada na SSP/SE. Assim sendo, é razoável imaginar que COMBATER AS DISCREPÂNCIAS significa que os integrantes do “RESTO” deverão ter ganhos exclusivos, enquanto os FDP’s devem compreender e esperar (e se quiserem ganhar salário de Procurador, Promotor, Juiz... que façam E PASSEM em concursos para um desses cargos). Mesmo porque, os já mencionados R$ 288.232,51, se repartidos eqüitativamente entre os 1.420 integrantes do “RESTO”, significa R$ 202,98. É pouco, mas é um começo!!! Com a queda da New-Periculosidade, já ficam R$ 405,96 para cada integrante do RESTO.

Que os filiados do SINDEPOL/SE se conscientizem e informem seus pares da inconveniência de continuar batendo nesta tecla. Se a Petição para os “Ilustríssimos Senhores Procuradores Membros do Colégio de Procuradores do Estado de Sergipe” com data de 04 de abril de 2007 estava linda (pra quem não sabe, os FDP’s fizeram uma petição para a PGE para não perderem essa gratificação... E QUE NÃO COLOU), mas se não colou, aguardem um momento em que tal não se configure uma afronta em estado de desgraça dos INDIGENTES e ESCRAVÕES para encamparem essa bandeira.

Sabíamos, e a citada petição confirma, que “Tal vantagem vem sendo paga faz tempo aos Delegados de Polícia ora representados pelo Sindicato Requerente, como é de conhecimento deste ilustre Conselho”, portanto, aceitar a ilegalidade da gratificação deve significar uma pancada no ego numa categoria tão acostumada a paparicos e que sem sombra de dúvidas está entre as mais beneficiadas (se não for a mais) dentre todos os cargos do funcionalismo público sergipano nos últimos cinco anos. Mas como diz o Governador: — É preciso ter compreensão! QUE “ELES” COMPREENDAM que qualquer projeto que chegue à Assembléia Legislativa que os beneficie antes que tenhamos um salário digno, contará com uma enfática manifestação de repúdio e conseqüente execração pública.

Mas vamos em frente... outro argumento potencialmente perigoso usado pelos FDP’s (eu mesmo já ouvi dois externarem essa posição), é o de que a gratificação em tela serviria para incentivar a busca por qualificação por parte dos integrantes da Polícia Civil Sergipana. Primeiro que qualificar sem pagar SALÁRIO-BASE DIGNO é jogar dinheiro no lixo por conta da torneira da evasão, ou mesmo gastar mais para combater o crime organizado cada vez mais especializado pela cooptação de “Mortos-de-fome” de Polícia Judiciária. Segundo, ao considerarmos que o Princípio Constitucional da Eficiência traz consigo a idéia de que todos os Servidores Públicos, independentemente do cargo que ocupem, devem ser suficientes e atualizados para o desempenho das suas funções. Além de que, conforme dispõe o Art. 55 da Lei 4.133/1999 são DEVERES DE TODOS OS INTEGRANTES DAS CARREIRAS POLICIAIS CIVIS:
(...)
IV – manter-se atualizado com as normas constitucionais, legais e regulamentares de interesse da instituição, divulgando-se entre seus subordinados;
V – freqüentar, com assiduidade, curso de aperfeiçoamento, atualização e/ou especialização promovidos pela ACADEPOL/SE; (...)


Se não ocorre a devida atualização e qualificação por parte dos Indigentes e Escravões de Polícia, a culpa é exclusivamente daqueles que não criam os meios para esta qualificação. E quem são esses? Os membros da cúpula da Secretaria de Estado da Segurança Pública/SE! E de que categoria são eles? FDP’s (Felizes Delegados de Polícia)! PQP (esse é Puta Que o Pariu mesmo)!

Assim sendo, cada Indigente e Escravão deve buscar melhor informar-se e caso os fatos os levem a concordar com o JOBOSVE, conscientize seus colegas mais próximos para que fiquem de sobreaviso pois se o futuro será de trégua superficial ou guerra declarada depende dos fatos que estão por vir num futuro próximo. Caso se configure mais esse descaramento, vamos desmascara-lo perante a opinião pública, além de lotar as galerias da Assembléia Legislativa, cada um com seu nariz de palhaço além de duas grandes faixas, uma com a “Tabela da Vergonha” (a mesma que Aracaju inteira viu em out-doors) e outra com a seguinte frase do já falecido humorista Stanislaw Ponte Preta: “A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento”.


É LIVRE E RECOMENDÁVEL A REPRODUÇÃO DESSE MATERIAL, MAS POR GENTILEZA, CITE A FONTE.


Euzinho da Silva
Formado pela FAIVI (Faculdades Integradas da Vida)
PQP em Ócio Preguiçoso pelo IML (Instituto dos Mimosos Legais)
Bispo da Igreja Universal da Pimenta do Reino
Filiado do PUTA (Programa pela União dos Trabalhadores Amargurados)
Indigente de Polícia Judiciária


QUALQUER DELEGADO(A), QUE QUISER TER ACESSO BASTA SOLICITAR PELO www.jobosve@yahoo.com.br (HÁ QUEM O FEZ E ISSO NÃO O DIMINUIU EM NADA, PELO CONTRÁRIO)! NÃO PASSE ESSE MATERIAL PARA ELES OU VOCÊ PODERÁ SER REMOVIDO PARA POÇO REDONDO (HÁ QUEM O FOI E ISSO NÃO O DIMINUIU EM NADA, PELO CONTRÁRIO)!!!

P I A D A D A S E M A N A


(Aos que não concordam com piadas sobre nossa classe (Delegados, Escrivães e Agentes), por favor, ignorem este trecho. Aos que lêem este arquivo, acredito que, antes de ser uma depreciação, estas piadas contribuem para que seja fortalecido um sentimento ético, capaz de reverter a imagem distorcida dos policiais, fato gerador de muitas das anedotas sobre o tema)


SE VOCÊ É DELEGADO:
FAVOR LER O TESTÍCULO ENTRE PARÊNTESES ACIMA ANTES DE LER A PIADA E ANTES DE REMOVER MAIS UM AGENTE PARA POÇO REDONDO

O próximo JOBOSVE é o de número 20. Um marco especial (só não pergunte o porquê). Para comemorar o fato, analise a tabela e o gráfico abaixo, que apesar de trazerem DADOS REAIS, formam a maior piada na Segurança Pública de Sergipe, e COMPLETE A FRASE ABAIXO (os melhores complementos serão divulgados no 20o JOBOSVE):






JOBOSVE’s ANTERIORES (NÃO LEU ALGUM? PEDIR NÃO DÓI!)

01.– Carta aos Deputados Estaduais Eleitos;
02.- Sobre a Corregepol/SE;
03. – Apertem os cintos, a gratificação sumiu;
04. – O desrespeito ao princípio da hierarquia na atividade de captura e seus riscos;
05. – Enquanto o Sinpol espera, a Operação Padrão corre e vai buscar.
06. – É possível formar uma polícia cidadã com policiais sem cidadania – Parte I.
07. – Sindicato...? Qual? Pra quê? – parte I
08. – Os Agentes Auxiliares e a Operação Padrão: a justiça e a lei de braços dados.
09. - Hipocrisia, pseudo-assitencialismo e ilegalidades do programa de prestação voluntária.
10. - Feliz Sergipe (de)novo: os motivos do provável sepultamento do JOBOSVE.
11. - A função social da imagem de burros e corruptos dos agentes de polícia
12. – Delegado@com.policiacivil.se
13. – Se essa é uma gestão democrática, Deus me livre da Demoníaca
14. – Nota de Solidariedade ao Secretário de Segurança Kércio Pinto.
15. – Ser ou não ser, eis a questão? – Uma homenagem a esse homem de palavras.
16. – Sobre os riscos de fechar os canais de negociação.
17. – Um por todos e todos por um.
18. – E eis que surge mais um invejoso.

NÃO O CONSIDERE COMO VERDADE SE NÃO QUISER, MAS REFLITA E PERMITA QUE O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS REFLITA SOBRE E EM TORNO DESSES ASSUNTOS QUE FAZEM PARTE DO SEU DIA A DIA POIS COMO DIZIA SÓCRATES: “UMA VIDA NÃO EXAMINADA NÃO VALE A PENA SER VIVIDA” E COMO DIRIA EUZINHO DA SILVA, “A PUBLICIDADE INIBE O ABUSO!”



17- UM POR TODOS, TODOS POR UM

J O B O S V E – 17 – 05/2007


“Suplemento digital do informativo mensal “Avós das Ruas”, criado com o fim de, não apenas divulgar, mas suscitar discussões e reflexões quanto aos temas relacionados à atividade policial civil no Estado de Sergipe”.




PENSAMENTO DA SEMANA


REPENTE DE REPENTE

Enquanto você se prende à homilia
Eu me alimento de omelete
Seu filho na escola boa
O meu treina pra ser pivete
Seu carro o Estado é quem dá
O meu ainda é o pevete
Seu rango é de caviar
Meu alimento é chiclete
Você vive de mandar
E eu de marionete
Suas contas, sua casa,
Cê mantém com meu trabalho
Meu sufoco, minha vida
Tão piores que o caralho
Resolvi, vou dar um basta
Nessa minha sina de bosta
Agora é minha vez de bater,
Vamos ver quem güenta ou gosta!

(EUZINHO DA SILVA)


UM POR TODOS, TODOS POR UM


Antes de mais nada, aos que tem cobrado a periodicidade semanal do JOBOSVE, cabe aqui um pedido de desculpas pois, se há algumas semanas nada é repassado, isso se deu unicamente pela falta de dinheiro para ir a uma lan-house enviar os e-mails. É mole? É nisso que dá ser Agente por estas terras...

Mas vamos lá. Parabéns aos policiais civis de Sergipe. A cúpula da Secretaria de Estado da Segurança Pública/SE está atônita com os acontecimentos. Nunca se imaginou que a forma aviltante e incompetente com que se tem gerido as instituições de segurança pública cá por estas terras fosse gerar algum tipo de reação. Típico dos opressores subestimarem os oprimidos!

Tanto é verdade que mesmo as paralisações dos últimos dias 04, 22 e 23, apesar de terem sido aprovadas em assembléia do SINPOL, seus créditos foram atribuídos unicamente a alguns membros da Operação Padrão. Santa panaquisse Batman! Tudo bem que nossos gestores, assim como todos os policiais, saibam que a atual diretoria do SINPOL é medrosa, desorganizada e comprometida (não conosco, é fato), mas ignoram que dois ou dez não fazem maioria em assembléia de classe, logo, não há como atribuir a revolta geral à manipulação de um ou dez apenas.

Assim, ao invés de analisarem se os pleitos são ou não justos, ficam procurando bodes expiatórios como se anulando uns poucos fosse possível anular a revolta fermentada por décadas de descaso com uma categoria que dia-a-dia vê a manutenção e criação de privilégios para a categoria dos Delegados que ao frigir dos ovos, deveriam tatuar na testa “I’m the best, fuck the rest!”.

Hoje, temos uma polícia civil de fachada. Incapaz de formar um capital social coeso que possa fazer frente até mesmo aos ladrões pés-de-chinelo que tão fartamente tem se proliferado. Criou-se uma casta privilegiadíssima onde tudo é possível (incorporações em cascata de uma mesma gratificação, patrocínio de sindicato/associação através da cessão por dez anos de um prédio público, cessão de carros e celulares, etc. – e põe etc. nisso), ao passo que os demais que deveriam compor uma equipe... descaso é pouco para definir o tratamento dado.

Lógico que muitos FDP’s (Felizes Delegados de Polícia) irão se irritar e dizer que não é bem assim e choverão explicações estapafúrdias para justificar o injustificável (apesar de eu achar que eles só lêem a ‘piada da semana’ e não vão criticar nada do texto em si). Mas, justificativas estapafúrdias que permanecem como verdade, dado o respaldo garantido pela omissão do Ministério Público e de outras entidades que teriam dever de ofício de agir.

E qual o saldo disto tudo? Postos de saúde fechando por medo de assalto, enfermeira passando horas presa no carro após um assalto, escolas depredadas, seis ladrões rendendo 30 pessoas numa festa e mortes, mortes e mais mortes (considerável parte delas relacionadas direta ou indiretamente ao tráfico de drogas mal/não combatido). Enfim, um povo em pânico que paga gordos impostos para sustentar um sistema de segurança pública de fachada que aniquilou o antigo e salutar São João com as famílias e fogueiras na porta de casa.

Mas não posso dizer que estou surpreso pela forma meramente retórica como a “mudança de gestão” está se dando. Ja primeira semana de março deste ano no JOBOSVE nº 10 (Feliz Sergipe (de)novo) afirmou em clara e boa letra:
Confesso estar chocado e não saber exatamente o que fazer, sobretudo ao recordar dos acalorados discursos do então candidato Marcelo Deda acerca da prioridade que seria dada à segurança pública, com ênfase para a valorização salarial das categorias de base, no caso da polícia civil, Agentes e Escrivães. Daí eu ter ficado com a impressão de ter comprado um engodo, afinal, como já dizia Millôr Fernandes: — Muito mais ainda é pouco, mas um pouco menos já é demais. Só que mesmo sem saber o que fazer, sei o que não quero e não quero ficar sendo enrolado. Para mim mentira é mentira, má vontade é má vontade e enrolação é enrolação.

Secretário de Segurança e Superintendente (de direito) foram ovacionados pela categoria em virtude de seus belos discursos que martelavam jargões como VALORIZAÇÃO, RECONSTRUÇÃO, URGENTE... ETC. Apesar de não responderem a duas perguntas básicas: QUANTO e QUANDO?

E após dois shows fantasiados de assembléia sindical (08/02 e 08/03/2007), ficou claro que o governo que afirmava ter a segurança como PRIORIDADE não tem NENHUM projeto verdadeiro para a valorização salarial das categorias de base (as que realmente trabalham) da polícia.

Por isso, as paralisações que os defensores do governo dizem terem sido precipitadas, para o JOBOSVE, fizeram foi demorar a acontecer. Afinal, no ‘pensamento do dia’ do JOBOSVE 11, estava lá: EQUIVOCA-SE O SONHADOR INGÊNUO QUE ESPERA ESTÍMULO À MUDANÇA POR PARTE DAS INSTITUIÇÕES SUPOSTAMENTE DESTINADAS A PROMOVÊ-LA.

Desculpe-me se estou aproveitando para dizer “—Eu te disse,eu te disse!”, afinal a proposta do JOBOSVE é a de nunca pousar de dono da verdade mas ainda estou com as palmas dadas do secretário e ao superintendente entaladas na garganta. Agora vemos o governador pousar como se ainda estivesse em campanha: —“No ano que vem eu vou...”

No ano que vem eu não sei, mas ou acontece uma grande reviravolta, ou em 2010 eu sei pra onde ele vai. Concordo com quem diz: — Não devemos desestabilizar o secretário de segurança! Mas como não fazê-lo? Ele apresentou uma contra-proposta assinada de próprio punho para a categoria no dia 04/05/2007 e agora o governador não endossa o que foi apresentado.

Das duas uma: “Ou a ‘FM Corredor’ tem razão e o secretário de forma temerária apresentou o projeto sem a anuência do governador (tendo inclusive levado um pito por isto), ou o governador declinou do que havia sinalizado como certo num total desrespeito apalavra dada?”. O fato é que independente da resposta, a prática demonstrou que tanto faz falar com o ‘Kércio Pinto’ como com o ‘Não Quer Seu Pinto’ ..., o resultado é o mesmo: NENHUM!

Se o governo não tem dinheiro para pagar aos Agentes e Escrivães (apesar de ter para garantir as mordomias dos FDP’s – Felizes Delegados de Polícia), cabe ao SINDICATO ajudar o governo ajuizando uma ação contra as incorporações ilegais de gratificações por parte dos chefinhos e cobrar as prestações de contas da SSP/SE, sobretudo no que diz respeito a pagamentos de diárias, cursos e suprimento de fundos para delegacias, celulares, combustíveis e locação de carros de luxo. Assim, fechando algumas torneiras, Sergipe poderá majorar significativamente o salário dos Agentes e Escrivães (sobretudo dos primeiros, que atualmente deveriam é ser chamados de INDIgentes de Polícia Judiciária).

É hora de chamar esta entidade (SINPOL) às suas responsabilidades. Ou, que se convoque eleições e, democraticamente, se dê à Operação Padrão, a diretoria do sindicato para que, sem os históricos rabo-presos de Manoel & Cia., a categoria possa BRIGAR (no sentido bélico do termo se preciso) por melhorias.

Estamos forçando posturas individuais, muitas vezes maquiando interesses ou frustrações particulares, mas não temos trabalhado as ações de classe e eximindo a entidade mantida com nosso dinheiro exclusivamente para nos defender. Factum est que um Agente e um Escrivão, hoje não valem nada dentro da instituição que fazem parte, salvo algumas vezes como moedas de troca entre FDP’s (Felizes Delegados de Polícia) e algumas bestas interessadas na manutenção do status quo (sobretudo FDP’s – Felizes Delegados de Polícia) tem fomentado rixas e vaidades entre essas categorias. E TEM IDIOTA QUE VAI NA ONDA! (Pra você eu ataco de Gabriel o Pensador: “Ataca moleque, cê não tem futuro, seu time não tem nada a perder, o jogo é duro. Você não tem defesa então ataca, pra não sair de maca. CHEGA DE BANCAR O BABACA!”)

Um governo que, na prática, não é sensível aos nossos pleitos e um secretário a quem o governador que o nomeou não dá qualquer respaldo... se os Agentes, Agentes Auxiliares e Escrivães continuarem com os mesmos dirigentes sindicais que em doze anos nada, ABSOLUTAMENTE NADA fizeram pela valorização da categoria, não vão poder reclamar, afinal como dizia o sábio chinês Lee Ko Mew: — Antes de pretender mudar o mundo é preciso que se dê pelo menos 20 voltas ao redor da própria casa!

Pode ser que em 2008 haja alguma melhoria cedida pelo governo (particularmente não creio), mas hoje é fato que qualquer moleque pode colocar o dedo na cara do governador e chamá-lo de MENTIROSO, pelo menos sobre três pontos:
· Prioridade do governo será a segurança pública (todos estão vendo que é a saúde);
· A pasta da Segurança Pública será composta por pessoas comprometidas com os Direitos Humanos (por medo de processo não digo nada,mas leia a página 10 do CINFORM desta semana);
· Vamos cuidar com URGÊNCIA da valorização ‘do homem’ que arrisca a vida pela segurança da sociedade (ano que vem,quem sabe?).

Mas mudando de assunto. Este mês, fez um ano que o PCC (Primeiro Comando da Capital), cujo estatuto de fundação (1993) põe como objetivo a expansão por todo território nacional, chacinou diversos policiais no Estado de São Paulo, sobretudo policiais civis (que pelos integrantes do PCC são chamados de “viagras” – coisa de impotentes). Na época um policial civil lotado na 29a delegacia, na Vila Diva, reproduziu às próprias custas 1.500 cópias de um texto do Pedro Bial divulgado pelo Fantástico no dia 14/05/2006 e, num protesto solitário, as distribuiu pelas ruas da cidade. O texto , trata-se, integralmente, do seguinte:

Um tributo aos Policiais
Quando erram, nós não os perdoamos. Somos, freqüentemente, implacáveis com eles. Até que, num fim de semana trágico, vislumbramos o que seria de nós sem a polícia. Aos mortos e aos vivos, o Fantástico faz um tributo.
Eles são a linha de frente da democracia. Para além de manter sua ordem, sua função é garantir a nossa liberdade.
Há coisas que consideramos certas, como o ar que se respira, e que só valorizamos quando as perdemos: como a saúde, a liberdade e a vida.
É fácil criticá-los, são eles que morrem por nós. Num fim de semana, 35 se foram.
Dia das mães, dia do enterro dos filhos.
Policiais civis... militares... um bombeiro.
O nome oficial é agente do estado, mas desde crianças, aprendemos a chamá-los de “seu guarda”.
Guardam, vivem e morrem para nos guardar.
Quem sabe, esta tragédia não seja a oportunidade que nos faltava para refletir sobre esses homens e mulheres, que por tão pouco soldo, protegem algo muito frágil e delicado: a construção do Brasil.
Sua principal arma não é a de fogo, nem a branca, é letra, palavra: o nome da lei.

O policial em foco, por ironia do destino, chama-se D’Artagnan (lê-se Dartanham), exatamente como o personagem da história d’ Os Três Mosqueteiros. Ironia pois seu nome traz a força do lema “Um por todos e todos por um!” mas a categoria da qual faz parte, assim como a que faço, rege-se pelo “Cada um por si e Deus contra todos”.

Faz um ano que o PCC comandou uma chacina de policiais sem precedentes. Políticos, como o Sr. Marcelo Deda, nada fazem para garantir que o Estado possa fazer frente à evolução do crime organizado, pelo contrário, mantêm-se como se em campanha eleitoral estivessem, cada qual dizendo que vai fazer... vai fazer... vai fazer, vai se f ..................
...................................................................................................................................................................................................!

Se a um ano o Pedro Bial, em nome de todos os brasileiros perguntava: — Quem sabe, esta tragédia não seja a oportunidade que nos faltava para refletir sobre esses homens e mulheres, que por tão pouco soldo, protegem algo muito frágil e delicado: a construção do Brasil. Hoje sabemos a resposta. O Brasil, e Sergipe, deixaram as portas abertas. Mas ano que vem...

Se o nosso problema fosse carência afetiva, o sermos ouvidos pelo governador resolveria, contudo trata-se de carência financeira, logo, se nos ouve mas não atende, NADA RESOLVE. Cada vez vai-se mais ao fundo na Síndrome de “Estou Como”. “Estou Como” o marginal, sem direito a voz e nem vez. E quanto mais o homem se afunda, mais difícil é a recuperação.


É LIVRE E RECOMENDÁVEL A REPRODUÇÃO DESSE MATERIAL, MAS POR GENTILEZA, CITE A FONTE.


Euzinho da Silva
Formado pela FAIVI (Faculdades Integradas da Vida)
PQP em Ócio Preguiçoso pelo IML (Instituto dos Mimosos Legais)
Bispo da Igreja Universal da Pimenta do Reino
Filiado do PUTA (Programa pela União dos Trabalhadores Amargurados)
INDIgente de Polícia Judiciária

P I A D A D A S E M A N A


(Aos que não concordam com piadas sobre nossa classe (Delegados, Escrivães e Agentes), por favor, ignorem este trecho. Aos que lêem este arquivo, acredito que, antes de ser uma depreciação, estas piadas contribuem para que seja fortalecido um sentimento ético, capaz de reverter a imagem distorcida dos policiais, fato gerador de muitas das anedotas sobre o tema)

SE VOCÊ É DELEGADO, FAVOR LER O TESTÍCULO ACIMA ANTES DE LER A PIADA E ANTES DE REMOVER MAIS UM AGENTE PARA POÇO REDONDO

Conta-se que em um país distante havia um estado chamado Serfusca (também pode Ser Uno ou Gol, mas nunca Ser Jipe) e neste local se descobriu que o gasto com Delegados era tão grande quanto inútil, tendo em vista os avanços da criminalidade. Assim, um governador de mudança resolveu instituir um PDV (Programa de Demissão Voluntária) para os Delegados, desonerando assim a folha de pagamento e investindo em quem realmente trabalha. Como indenização, definiu que seria pago 10.000 Royais (moeda de Serfusca) por centímetro de distância entre duas partes do corpo escolhidas livremente pelos Delegados.

Logo de início chegou um Delegado pedindo que medissem da sua espinha até seu umbigo. Feita a medida, chegou-se a 1,80m de barrigão e pagou-se o devido. Chegou um segundo e pediu que medissem sua altura, 1,92 m, sendo-lhe paga a correspondente indenização. Em determinado ponto, chegou um delegado todo carrancudo e disse:
— Quero que meçam da ponta do meu pênis até o meu saco!
Os responsáveis pela medição caíram na gargalhada, mas se o Delegado queria ganhar merreca, tudo bem. Mandaram-no baixar as calças. Estupefatos perguntaram:
— Mas Doutor, cadê seu saco?
— Lá na delegacia, nas mãos do meu captura.

JOBOSVE’s ANTERIORES:

01.– Carta aos Deputados Estaduais Eleitos;
02.- Sobre a Corregepol/SE;
03. – Apertem os cintos, a gratificação sumiu;
04. – O desrespeito ao princípio da hierarquia na atividade de captura e seus riscos;
05. – Enquanto o Sinpol espera, a Operação Padrão corre e vai buscar.
06. – É possível formar uma polícia cidadã com policiais sem cidadania – Parte I.
07. – Sindicato...? Qual? Pra quê? – parte I
08. – Os Agentes Auxiliares e a Operação Padrão: a justiça e a lei de braços dados.
09. - Hipocrisia, pseudo-assitencialismo e ilegalidades do programa de prestação voluntária.
10. - Feliz Sergipe (de)novo: os motivos do provável sepultamento do JOBOSVE.
11. - A função social da imagem de burros e corruptos dos agentes de polícia
12. – Delegado@com.policiacivil.se
13. – Se essa é uma gestão democrática, Deus me livre da Demoníaca
14. – Nota de Solidariedade ao Secretário de Segurança Kércio Pinto.
15. – Ser ou não ser, eis a questão? – Uma homenagem a esse homem de palavras.
16. – Sobre os riscos de fechar os canais de negociação.


É LIVRE E RECOMENDÁVEL A REPRODUÇÃO DESTE MATERIAL. CONTUDO, NÃO DÊ AO SEU DELEGADO, SE ELE QUISER LER, QUE PEÇA PELO www.jobosve.com.br (COMO UM JÁ FEZ E ESTÁ RECEBENDO NORMALMENTE ESTE NÚMERO). NÃO DE ARRISQUE A IR PARA O FUNDO DO POÇO REDONDO.

DELEGADO AMIGO É COMO SACI, TEM QUEM ACREDITE MAS NÃO QUEM TENHA VISTO!


EU QUERIA TER DITO ISSO (MAS NÃO FUI BOM O BASTANTE PARA DIZER, LEIA E TIRE SUAS CONCLUSÕES)

(Esse texto está disponível desde as 00:01h do dia 20/03/2007 no site: http://portal.faxaju.com.br/viz_conteudo.asp?codigo=19320072394783189)


E A SEGURANÇA?

Fui um dos primeiros a divulgar que o então superintendente da Polícia Federal em Manaus, Kércio Pinto, seria o secretário de Segurança de Sergipe. Insisti tanto nisso, que o então governador eleito Marcelo Déda desmentiu forte. O incomodava a antecipação de nomes para a formação de sua equipe. Nas primeiras informações, um delegado experiente previu: “Kércio vai enfrentar muitos problemas internos. Uma coisa é administrar 100 policiais federais que ganham bem, outra é administrar 700 homens que ganham mal”. Domingo, em um churrasco, o mesmo delegado fez outra previsão: “o secretário Kércio Pinto não dura mais que três meses”. Quem tiver próximo pode dar três pancadinhas na madeira. Isola. Kércio fez um bom trabalho na Polícia Federal e, se tiver apoio total, pode transformar a estrutura arcaica de uma Polícia que há mais de 20 anos não dá certo. Respeitem-se duas exceções...
É o calcanhar de Aquiles de todos os governantes.
O grande problema é que a Segurança no Estado é dividida em grupos. E os grupos permanecem com as suas lideranças intocáveis. Mesmo que estejam na “conchichina”. Movem telepaticamente as pedras. Apesar do esforço da Assessoria de Comunicação em desfazer a imagem de uma polícia dividida no comando. Ontem, uma fonte ilustrada da SSP garantiu que o superintendente da Polícia Civil, Paulo Marcio, não dirige a palavra ao secretário Kércio Pinto, que administra com Marcos Passos (secretário adjunto) e Archimedes Marques (corregedor). Há um impasse entre os dois grupos: o do secretário está levando adiante punição a policiais que cometeram algum tipo de crime. O outro acha que tudo deve ser arquivado. Absurdo. Na opinião de um experiente advogado, o governador Marcelo Déda deveria ter dado carta branca ao secretário para escolher seus auxiliares.
A Secretaria da Segurança não agüenta uma cúpula em que cada um tem chefe diferente...
Uma fonte da polícia disse que o diretor da Polícia do Interior, Júlio Flávio – indicado pelo secretário da Administração, Jorge Alberto, do qual é parente – “é um articulador e joga para cima de todos. Pensa que dá rasteira em quem estiver à sua frente”. Diz que ele não tem experiência como delegado. Iniciou na Sexta Delegacia, localizada no Eduardo Gomes, e de lá foi indicado para a corregedoria na administração anterior. Já o superintendente da Polícia Civil, uma indicação do PT, conspira para derrubar Kércio e assumir o seu lugar. O diretor da Polícia da Capital coloca agentes nas ruas, à noite, de segunda a sexta feira. Cada um tem gratificação de 40 reais por isso. Sábado e domingo, quando há maior movimento, o pessoal está de folga. Não dá para entender, mas é verdade.
Amigos do secretário Kércio Pinto o aconselham a ter uma conversa urgente com o governador Marcelo Déda. Um deles foi mais fundo: “o negócio não está funcionando, nós estamos caminhando para a bancarrota”. Não é um clima bom e a sociedade é quem sofre. Enquanto a Segurança briga, a bandidagem se une e quem paga é o cidadão que carece de uma polícia unida. É possível que um comentário do tipo cause contrariedades. O próprio Kércio não gosta. Mas, não é possível que isso continue, sem que ninguém diga alguma coisa. De repente vem uma autoridade e fala que está tudo na maior harmonia. Aqui, oh! Isso não é verdade. Quem quiser que consulte o soldado, o agente, as pessoas que só falam em off, assim mesmo em locais reservados. Kércio é bom sim. Muita gente põe fé em seu trabalho, mas como ser forte em uma cúpula dividida, conflitante, interesseira e insatisfeita? E pior: todos armados.
O PROBLEMA NÃO ESTÁ PARA PENSAR EM SATISFAZER A ALIADOS, AGRADAR À SIGLA, NEM PROTEGER QUEM QUER QUE SEJA. A SITUAÇÃO É DE DECIDIR A SEGURANÇA, QUE FOI A LINHA DE FRENTE DO DISCURSO DE MARCELO DÉDA, QUANDO NA DISPUTA PELO GOVERNO. Ou demite a todos, ou hierarquiza a Pasta. A segunda opção seria a melhor solução...
(Diógenes Brayner)